Profissionais engajados, mais produtivos e felizes.
Onde os gestores estão errando e como as empresas devem fazer para engajar sua equipe?
A gestão estratégica de pessoas está fracassando mundialmente. De acordo com uma pesquisa realizada com mais de dois mil líderes de RH, mais de um terço da mão de obra global não se sente comprometido e entusiasmado com seu trabalho, e esse dado é ainda mais preocupante quando se fala em motivação. Esse cenário preocupa bastante, já que empresas são feitas por pessoas. Engajar pessoas é uma empreitada complexa, temos que reconhecer.
O grande diferencial competitivo de uma empresa está nos pessoas que fazem parte dela. Um profissional desmotivado e desengajado dos valores da empresa está muito propenso a espalhar negatividade para os demais. A força de vontade de um profissional é importante para o engajamento e a motivação, mas ela não se sustenta sozinha por muito tempo. Afinal de contas, somos parte de um universo em constante movimento e somos influenciados a todo momento pelo ambiente interno e externo. Como conseguir profissionais mais engajados, produtivos e felizes?
Especialistas sugerem iniciativas simples para manter sua equipe engajada:
- Não basta contratar, a habilidade em lidar com cada pessoa, pode determinar o quão engajada vai ser sua equipe, todos queremos ser tratados com respeito, nos sentirmos valorizados e fazer parte do processo;
- Ter bem claro qual é a missão, não só da empresa toda, mas de cada área. O interesse no que está sendo realizado tem que ser alimentado diariamente. Nesse processo, é preciso deixar bem claro o cada pessoa ganha com a empresa e o que a empresa ganha com a pessoa.
- Investir em formar gestores é peça fundamental para o sucesso do seu time. Liderança não é uma questão de genética. Muitos líderes tem dificuldades ao gerir pessoas pois não compreendem as expectativas dos outros e nem sabem como motivá-las. Muitas vezes, é o próprio gestor com ações que não são coerentes com as políticas da empresa o responsável pelo baixo engajamento da sua equipe;
- “A meritocracia estimula profissionais a superar seus limites para atingir os resultados desejados. Cada profissional é movido por uma motivação”, afirma Daniela Ribeiro, gerente sênior das divisões de vendas, marketing e engenharia da Robert Half. Uma das principais razões que levam um profissional a ficar frustrado e desmotivado é o não reconhecimento de um bom trabalho realizado. É fundamental o monitoramento constante, em que o gestor acompanhe e recompense seus colaboradores conforme cumpram suas tarefas. Uma boa gestão é baseada em critérios claros de recompensa.
- Crie valor para o trabalho que está sendo desenvolvido. O valor financeiro no final do mês não é o que irá fazer a grande diferença no empenho de uma pessoa, e sim as razões pela qual ele está desempenhando determinada função ou tarefa.
- Estimule o espírito de equipe, todos devem estar imbuídos em um espírito que os resultados conseguidos juntos serão muito maiores do que quando alcançados em uma competição individual.
- Sempre dar feedback, ajudar seus colaboradores a crescerem, desenvolver novas competências e encarrar desafios diferenciados são, com certeza, os maiores estímulos ao engajamento do que a remuneração. O colaborador precisa de elogio. O gestor precisa acreditar que o “status” de colocar em evidência uma ideia que deu certo vai fortalecer o engajamento, a produtividade e a vontade de sempre buscar mais resultados positivos.
- As empresas têm dificuldade em formar novos líderes, mapear como poderão auxiliar as pessoas no seu crescimento profissional. Pessoas engajadas querem saber como, onde e quando podem crescer na empresa, este com certeza é um dos grandes gargalos dentro das empresas. Tenha traçado um plano de carreira, com critérios claros de sucessão, o comportamento esperado e como a empresa está estruturada para preparar as pessoas.
“As pessoas engajadas com seu trabalho são naturalmente motivadas, conectados com os valores da empresa, tem autonomia, são dedicados e mais confiantes. Realmente estão empenhados a gerar resultados reais para a empresa.” Cesar Kaghofer