Produtividade, saúde e qualidade de vida.
Qualidade de vida no trabalho é uma estratégia competitiva.
O foco das empresas tem mudado, antes eram focadas no produto. Hoje com uma visão mais humanizada tem como seu objetivo principal a qualidade, produto/serviço e a manutenção de seus clientes. O lucro continua sendo o ponto central de todas as empresas, o que vem mudando são os meios para obtê-lo, tem se voltado cada vez mais para o homem.
Muitas empresas têm implementado programas que visam cuidar do bem-estar físico e mental de seus colaboradores. A IBM por exemplo, oferece a seus funcionários desde 2002, o programa Star Bem, com sessões de shiatsu, consultas com nutricionistas e aulas de ginástica matutina e muito mais. Esses tipos de programas estão sendo implementados para melhorar a qualidade de vida dos funcionários, tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Não é segredo para nenhum empresário que a produtividade está diretamente relacionada com o bem-estar dos seus colaboradores.
Desde que o ser humano começou a trabalhar ele busca formas de tornar seu trabalho mais produtivo, prova disso são todas as invenções que tinham como objetivo diminuir o esforço físico. Hoje, porém, estamos em busca de qualidade de vida. Definir qualidade de vida é difícil, pois o termo tem sido usado indiscriminadamente, mas podemos resumir em modo de viver bem ou bem-estar. A medida que uma necessidade é satisfeita, logo vão surgir outras, o que serve de mola propulsora para o ser humano buscar sempre melhoria. Hoje é fundamental pensar que um funcionário satisfeito e feliz, que se sente parte da organização, produzirá mais e melhor. Por este motivo mais que uma postura “generosa”, a busca pela melhoria da qualidade de vida no trabalho é uma estratégia competitiva.
Alguns exemplos de atitudes que propiciam a melhoria da qualidade de vida no trabalho:
- Maior autonomia no trabalho, promovendo mais participação dos funcionários nas decisões importantes;
- Remuneração adequada;
- Investimento em gestão de pessoas:
- Ginástica laboral;
- Plano de carreira;
- Investimento educacional, quando empresa arca, total ou parcialmente, com custos em cursos profissionalizantes, graduação, pós-graduação, etc;
- Programas de saúde, esporte e lazer.
“Instruir os funcionários sobre como alcançar melhor qualidade de vida agrega muitos benefícios às empresas. Os colaboradores se sentem mais motivados, reconhecem que a empresa está preocupada com seu bem-estar, o que aumenta sua produtividade; há uma redução de custos com relação às doenças de trabalho; estreita-se o relacionamento interpessoal dentro da empresa, facilitando processos; os funcionários se sentem estimulados a buscar, em seguida, um maior aperfeiçoamento profissional, o que acaba revertendo numa equipe com melhor formação profissional”, explica Marcelo Almeida
Caro professor, concordo ipsis litteris em tudo acima relatado mas gostaria de acrescentar um coisa, se é que me permite. Tive a oportunidade de conferir durante 4 anos que estava então diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de minha cidade e procurando a cada dia entender melhor os funcionários. O que mais me chamou a atenção não foram os presentes dados de meu próprio salário e nem as melhores condições de trabalho, porque isso também eu fiz. O que notei em uma das estratégias que usei para cativá-los, foi o direito de liberdade concedido aos mesmos em pleno horário de trabalho. Isto e, todos nós em certo momento temos necessidade de passarmos uma escritura, de levarmos nosso carro ao mecânico, para que esteja perfeito para o domingo, de acompanharmos nossa esposa a um exame, de atender ao pedido de um filho na demonstração que fará em sua escolinha, ou mesmo sentir o prazer de que não somos um escravo. A não permissão nos deixa tão frustrado que o serviço não rende. Quando se tem essa liberdade concedida sem protocolos e atestados, uma concessão de confiança, onde são liberados desde que a tarefa seja concluída, você terá não apenas um funcionário, mas sem duvidamente um amigo. Aprendi nessa minha trajetória administrativa que o funcionário gosta mesmo é de um aperto de mão do chefe, pois se sente valorizado e estimulado. Aquele chefe que não se mistura nunca aos funcionários, que só os recebem em sua suntuosa sala e se é que os recebem, terá certamente funcionários e empregados, mas jamais um amigo fora do horário de trabalho. Será lembrado sempre como aquele que gera o pão de seu prato, em troca do seu suor, mas jamais será lembrado como aquele que enxugou-lhes as suas lágrimas nos seus momentos de dor. Aprendi também, que se pode ser exigente na cobrança desde que seja sob a égide da amizade e nunca sob a autoridade impositiva do medo.
Essa foi a minha experiência.