O Poder do Cochilo
Tirar um cochilo no meio da tarde não é sinal de preguiça. Conheça o poder que alguns minutos de sono pode oferecer para o seu desenvolvimento profissional e pessoal.
Já se foi o tempo em que dormir no trabalho era sinônimo de gente preguiçosa e sem pique, a siesta – denominação usada na Espanha para definir o sono durante o dia, começa a vencer preconceitos e ser levada a sério pelos brasileiros. Tirar uma soneca entre 10 a 40 minutos pós-almoço revigora o cérebro. Churchill afirmou: “É uma maneira de ter dois dias em um.”. Bill Clinton, Lance Armstrong, Napoleão Bonaparte, Einstein e Leonardo Da Vinci também apoiaram o descanso vespertino.
Em meio a rotina diária, nos sentimos cansados no período da tarde e sempre nos decidimos – ou somos obrigados – a empurrar um pouco mais nosso corpo e mente, ou seja, nós acabamos por desistir da ideia de dormir e procuramos apoio nas xícaras de café, no energético, cápsulas de guaraná ou até mesmo fazendo movimentos físicos para aumentar o ânimo.
O cochilo vespertino oferece diversos benefícios para a saúde e desenvolvimento do indivíduo. Tirar uma soneca de 10 a 40 minutos após o almoço revigora o cérebro, desperta a atenção, estimula a memória, aumenta a produtividade e prepara o indivíduo para o “segundo round” no exaustivo dia de trabalho e, uma notícia boa para aqueles que tem insônia crônica, esse cochilo não afeta o sono noturno. Uma das explicações para esses benefícios, é que o relógio biológico humano pede um descanso naturalmente, por duas vezes ao dia, um às 2 horas da manhã, outro às 14h.
Há regras para que esta cochilada seja realmente proveitosa, os especialistas em sono confirmam que um cochilo de energia de 10 a 20 minutos oferece uma “bomba para seus investimentos”, mas isso depende do que o indivíduo quer como resultado, pois outras durações podem ser ideais. Para um rápido impulso de alerta, os especialistas dizem que 10 a 20 minutos é o suficiente; para o processo de memória cognitiva, no entanto, uma soneca de 60 minutos é o bastante para tal; um cochilo de 90 minutos provavelmente oferecerá ao indivíduo um ciclo completo de sono, o que auxilia na criatividade e a memória emocional e processual, como aprender a andar de bicicleta.
Vendo assim parece ser uma atividade duvidosa de ser englobada nas escolas e empresas, mas é o que aponta uma pesquisa publicada pela revista Cell Press, feita por médicos da Universidade de Harvard, nos EUA. Para confirmar esta afirmativa, os pesquisadores organizaram voluntários em frente ao computador tridimensional e propuseram uma espécie de jogo. Cada participante deveria caminhar por um labirinto que teria árvores no centro. O desafio era atravessar pelo caminho até encontrar a planta. A pesquisa afirmou: em alguns casos, os indivíduos que tiveram permissão para dormir durante o horário determinado entre uma tarefa ou outra alcançaram a árvore em menos tempo que os demais.
É essencial criar condições para o sono, se preocupar com a posição em que realizará o descanso e procurar locais com menos ruídos e claridade. Robert Stickgold, um dos pesquisadores da faculdade de medicina de Harvard afirma que há muitas formas de aproveitar desse fenômeno e aperfeiçoar a capacidade de memorização. O ideal é intercalar alguns minutos de sono com longos períodos de estudo e desenvolvimento de atividades, dessa forma, o cérebro continuará trabalhando, estimulando habilidades para resolvê-los.
Para complementar sua leitura, veja também o vídeo Entendendo o nosso cérebro.
Atualmente uso o recurso do cochilo e é, de fato, revigorante. Talvez esses cochilos ajudam a explicar a genialidade dos ícones citados na explanação.
Abc.
Renata