Meditação e mindfulness podem prevenir doenças cardíacas!
A ligação entre placas arteriais e ataques cardíacos na idade adulta é amplamente reconhecida. No entanto, outro transtorno cardíaco comum afeta pessoas de todas as idades. O ritmo cardíaco irregular (denominado arritmia) aumenta o risco de AVC e de paradas cardíacas. A arritmia mais comum é a fibrilação atrial (AFib). Essa condição afeta de 2,7 a 6,1 milhões de pessoas nos EUA. O mindfulness e a meditação foram utilizadas em estudos realizados nos últimos 30 anos para reduzir episódios de AFib e outras arritmias.
Factores de risco de arritmia e mindfulness
A hipertensão e diabetes são fatores de risco para o desenvolvimento de uma arritmia. A implantação de um marcapasso permanente geralmente é recomendada por cardiologistas, uma vez que a arritmia foi diagnosticada, juntamente com medicamentos cardíacos diários.
No entanto, técnicas de mindfulness e meditação foram usadas para prevenir o aparecimento de arritmia em adultos de alto risco. Uma pesquisa publicada em 2015 revelou que um programa de treinamento de mindfulness de 12 semanas diminuiu a freqüência cardíaca em pacientes com doenças cardíacas quando comparados a um grupo de controle. Enquanto isso, um estudo semelhante mostrou uma pressão arterial melhorada em indivíduos hipertensos com doença cardíaca.
Diabetes, resistência à insulina e meditação
A diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune que afeta cerca de 1.25 pessoas nos EUA, de acordo com a Fundação de Pesquisa sobre Diabetes Juvenil. Enquanto isso, 40 por cento de todos os adultos nos EUA desenvolvem diabetes tipo 2 ao longo da vida e 86 milhões de pessoas nos EUA têm pré-diabetes. Ao longo do tempo, uma condição pré-diabética (determinada por valores altos de glicose e hemoglobina glicada) evoluirá para diabetes tipo 2.
A resistência à insulina ocorre quando os hormônios produzidos no pâncreas são incapazes de processar o açúcar (denominado glicose) na corrente sangüínea para transferência para células musculares e teciduais. Em vez disso, a glicose permanece na corrente sanguínea e causa sintomas, além de uma grande variedade de problemas de saúde. A aterosclerose (acúmulo de gorduras, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias) e outros distúrbios cardíacos são típicos nos diabéticos tipo 1 e tipo 2 que viveram com diabetes durante muitos anos, mesmo quando tratados com insulina ou medicamentos orais. Em um estudo realizado em pacientes diabéticos que sofrem de doença cardíaca, pesquisadores descobriram que a resistência à insulina foi reduzida após prática de meditação.
Estresse psicológico como causa de doenças cardíacas
Os resultados de uma análise de 23 ensaios clínicos foram publicados no The Oschner Journal, que revelou benefícios da meditação na redução do risco de ataque cardíaco. Especificamente, os níveis de cortisol foram menores nos pacientes que se envolveram em uma rotina de mindfulness (por exemplo, meditação diária). Enquanto isso, a pesquisa médica mostrou que o estresse psicológico aumenta os níveis de cortisol no sangue. As glândulas adrenais são responsáveis pela produção de cortisol, que é um hormônio humano necessário. No entanto, a liberação de muito cortisol na corrente sanguínea – como ocorre durante períodos de estresse – pode eventualmente danificar as artérias e o coração. As pessoas com estresse emocional estão em risco muito maior para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e arritmia.
Portanto, separar um tempo para meditação e práticas de mindfulness pode ser benéfico para manter a saúde cardíaca a longo prazo.
Adaptado de Muse Blog