Antes de gastar e arriscar em cirurgias para perder peso, tente isso!
No começo deste ano, o FDA (Food and Drug Administration), aprovou um novo procedimento para a perda de peso no qual um tubo fino, implantado no estômago, ejeta a comida do corpo antes que as calorias possam ser absorvidas.
Alguns chamaram esse procedimento de “bulimia sancionada”, em uma busca desesperada por novas maneiras de diminuir as taxas de obesidade e diabetes tipo 2. Atualmente, cerca de um terço dos americanos adultos são obesos; dois terços estão acima do peso; e a diabetes aflige por volta de 29 milhões de pessoas. Outros 86 milhões de americanos têm uma condição chamada pré-diabetes. Nenhuma das soluções cirúrgicas propostas sequer arranhou a superfície dessas epidemias.
Recentemente, 45 sociedades médicas e científicas internacionais, incluindo a American Diabetes Association, pediram que a cirurgia bariátrica se tornasse uma opção padrão para o tratamento do diabetes. O procedimento, até agora visto como um último recurso, envolve grampear ou remover parte do estômago para ajudar as pessoas a perderem peso. Custa de 11.500 a 26.000 dólares, gastos que a maioria planos de saúde não cobrem, e que ainda não incluem os custos de visitas ao consultório para manutenção ou complicações pós-operatórias. Para piorar, até 17% dos pacientes terão complicações, que podem incluir deficiências nutricionais, infecções e até bloqueios intestinais.
Tendo em vista tantos pontos negativos das cirurgias para perda de peso, é inimaginável pensar que a sociedade médica não pense em incluir um tratamento mais seguro e barato: uma dieta com poucos carboidratos.
Quando alguém tem diabetes, seu corpo não consegue mais produzir insulina suficiente para processar a glicose (açúcar) no sangue. Para baixar os níveis de glicose, os diabéticos precisam aumentar os de insulina ou melhorar a sua eficiência, seja através de medicações orais ou injetando insulina diretamente. Um paciente com diabetes pode tomar quatro ou cinco tipos de remédio para controlar a glicose no sangue a um custo total anual de milhares de dólares.
No entanto, há um método mais eficiente de baixar os níveis de glicose: comendo menos glicose.
A glicose é o produto de degradação dos carboidratos, que são encontrados principalmente no trigo, arroz, milho, batatas, frutas e açúcares. Restringir esses alimentos mantém a glicose no sangue baixa. Além disso, substituir os carboidratos por proteínas e gorduras saudáveis, muitas vezes elimina a fome. As pessoas podem perder peso sem passar fome, ou ficar contando calorias.
Um pequeno estudo descobriu que 44% das pessoas que fizeram dietas com baixo teor de carboidratos foram capazes de parar de tomar um ou mais medicamentos para diabetes depois de apenas alguns meses, em comparação com 11% de um grupo de controle que seguiu uma dieta com carboidratos moderados, menos gordura e com restrições de calorias.
Um outro estudo similar relatou esses números como 31% versus 0%. E nestes, bem como em outro estudo maior, a hemoglobina A1C, que é o marcador principal para um diagnóstico de diabetes, melhorou significativamente mais na dieta de baixo teor de carboidratos do que em uma dieta de baixo teor de gordura ou baixa caloria.
A má notícia é que as associações que combatem o diabetes ainda tem de reconhecer esta quantidade considerável de provas científicas, já que incentivar os pacientes com diabetes a adotar uma dieta rica em carboidratos é efetivamente uma receita para garantir uma dependência vitalícia da medicação.
Por exemplo, na última edição da Convenção Anual da Associação do Diabetes, em New Orleans, não havia uma única referência proeminente ao tratamento de dietas low-carb entre as centenas de palestras e cartazes que anunciam as pesquisas de ponta. Em vez disso, o que se viu foram dezenas de apresentações sobre medicamentos caros para controlar o açúcar no sangue, a obesidade e problemas hepáticos, bem como novas cirurgias, incluindo o sistema de drenagem do estômago, tentadoramente chamado “AspireAssist” (Assistente de Aspiração), e outro envolvendo uma “blindagem mucosa” do aparelho digestivo através da queima do interior do duodeno com um balão quente.