A corrida traz benefícios para o cérebro
A prática da corrida traz benefícios que vão além da forma física e da saúde do coração. Pesquisas científicas mostram uma forte relação entre corrida e cérebro ativo.
Pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, realizaram exames cerebrais em alunos da equipe de cross country e os compararam a estudantes considerados sedentários. Os resultados mostraram que os corredores regulares tinham atividade cerebral aumentada na rede frontoparietal – uma área que está associada com funções complexas como as usadas por músicos como John Legend quando compõe um complexo solo de piano.
Segundo o líder da pesquisa: “Achamos que tem algo a ver com a repetida ativação dupla de domínios cognitivos e motores no cérebro. Ao longo do tempo, essas conexões são reforçadas como os músculos que usamos para correr”.
Os principais benefícios da corrida para o cérebro são:
- Memória reforçada: a contração muscular faz o cérebro liberar o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF). Ele estimula a formação de novos vasos sanguíneos. Pesquisas recentes mostram também que atua na consolidação das memórias.
- Sintonia fina: sob atividade física, os neurônios elevam a produção e liberação de neurotransmissores, substâncias responsáveis por levar instruções de uma célula nervosa a outra. Isso melhora o desempenho de funções cerebrais, ajuda a controlar e reverter estados de ansiedade, estresse e depressão.
- Comunicação efetiva: o simples gesto de dobrar o braço ou dar um passo aciona a troca de milhares de mensagens entre os neurônios. Os exercícios intensificam essa comunicação neuronal e o fluxo sanguíneo.
- Mais nutrição: a atividade física também aumenta a liberação de fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), uma proteína produzida pelas células nervosas. Permite que os neurônios recebam nutrição adequada para que possam se regenerar ou se desenvolver.
Os pesquisadores também identificou que a corrida aumenta a capacidade do cérebro de se adaptar e criar novas conexões, a chamada neuroplasticidade. Em estudos com ressonância magnética feitos em indivíduos foi possível também observar que quem se exercita regularmente produz uma intensa atividade no hipocampo. Essa região cerebral está relacionada à memória e à aprendizagem, e lá estão armazenadas as células-tronco que darão origem aos novos neurônios.
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