Ervas e hipnose podem aliviar as dores intestinais
Uma estimativa mostra que um em cada cinco americanos sofrem da ‘Síndrome do Intestino Irritável’, uma disfunção que pode causar dores intestinais, cólicas incapacitantes, constipação e diarreia. Mas apesar da síndrome ser incrivelmente comum, os pacientes muitas vezes ficam frustrados pela falta de boas opções de tratamento.
No mês passado, o Journal of Family Practice, importante publicação médica nos Estados Unidos, analisou as melhores opções de tratamentos não-farmacológicos para a síndrome. A informação é importante porque os tratamentos medicamentosos as vezes não funcionam para a maioria das pessoas ou apresentam sérios riscos para a saúde. O remédio Zelnorm foi recolhido das prateleiras após ser associado a problemas no coração, já a droga Lotronex foi submetida a severas restrições de mercado devido à preocupação sobre seus efeitos colaterais.
Agora os médicos dizem haver evidências que apoiam os tratamentos não-farmacológicos para combate às dores intestinais. Fórmulas herbáceas, alguns probióticos, dietas especiais, terapia, hipnose e até escrever um jornal podem oferecer algum alívio aos pacientes.
A avaliação observa que são necessários mais estudos sobre o tratamento com produtos herbais. Entretanto, destacam-se duas fórmulas que apresentaram benefícios nos estudos. Um composto à base de plantas que continha extratos da planta iberes amara, camomila, hortelã-pimenta, cominho e alcaçuz e outra preparação comercial chamada Iberogast, que continha todos os ingredientes acrescidos de erva-cidreira e das flores celandine, angélica e cardo de leite. Ambos funcionaram melhor do que o placebo no alívio dos sintomas da Síndrome.
Produtos com um probiótico chamado Bifidobacterium também pareceram ajudar. As fibras solúveis, que são encontradas em frutas, aveia, cevada e alguns outros grãos também parecem ajudar. Fibra insolúveis, no entanto, não mostraram benefícios.
Diversos estudos avaliaram a hipnose como tratamento para a Síndrome do Intestino Irritável. Nos estudos envolvendo um total de 644 pacientes, cerca de 80% relatou alívio nos sintomas após a hipnose. No entanto, foi menos eficaz em homens em que o sintoma predominante da doença era a diarreia.