A idade em que as pessoas têm menos satisfação com suas vidas
Pesquisadores dizem ter encontrado a idade em que as pessoas têm menos satisfação com a vida.
Os níveis de satisfação com a vida despencam na meia-idade, mas após isso começam a subir novamente após os 54 anos de idade, é o que um novo estudo de bem-estar mundial descobriu.
O ‘mergulho’ nos índices de satisfação com a vida ocorre em torno dos 45 até os 54 anos e é visto em muitos países ricos de língua inglesa, incluindo os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália. Havia achados semelhantes nesses países para os aspectos emocionais da felicidade.
Isto provavelmente se deve ao fato de que as pessoas experimentaram níveis mais elevados de estresse, preocupação e raiva na meia-idade do que na velhice.
“Esta conclusão é quase esperada. Este é o período em que as taxas de salário tipicamente atingem seu pico e é o melhor momento para trabalhar e ganhar o máximo de dinheiro, mesmo em detrimento do bem-estar no presente, de modo a ter a riqueza e o bem-estar aumentado mais tarde na vida”, afirma o co-autor do estudo professor Angus Deaton.
A economia é apenas um dos muitos fatores possíveis para a satisfação
Os países ocidentais mais ricos têm melhores sistemas de saúde, que são mais capazes de melhorar alguns dos problemas de envelhecimento. Entretanto, o padrão em forma de U para a satisfação com a vida não é universal, já que muitos países mais pobres mostram um simples declínio na satisfação com a vida no passar dos anos.
Na ex-União Soviética, por exemplo, a satisfação com a vida diminui com a idade, como acontece nos países latino-americanos. A única exceção foram os países africanos onde a satisfação média de vida permaneceu baixa ao longo de toda a vida útil.
O professor Deaton afirma: “A teoria econômica pode prever um mergulho no bem-estar entre a meia-idade em alta renda nos países de língua inglesa. O interessante é que esse padrão não é universal. Outras regiões, como a antiga União Soviética, foram afetadas pelo colapso do comunismo e de outros sistemas econômicos. Tais acontecimentos têm afetado os idosos que perderam um sistema que, por mais imperfeito que fosse, deu sentido às suas vidas e, em alguns casos, garantiram as suas pensões e cuidados de saúde “.
Os dados em que os resultados são baseados são provenientes de 160 países e representam mais de 98% da população mundial. Quando os pesquisadores olharam para a felicidade e as taxas de mortalidade, a chave para uma vida longa parecia ser um senso de propósito. Quando as pessoas mais velhas sentem que sua vida tem um propósito, sua chance de morrer é dramaticamente reduzida.
Conclusão
Embora os resultados não mostrem inequivocamente que o bem-estar está diretamente ligado à diminuição nas taxas de mortalidade, os achados levantam possibilidades intrigantes sobre o bem-estar estar implicado na redução do risco à saúde.