Por que se tornar um líder consciente?
“Você não pode gerenciar outras pessoas a menos que você gerencie a si mesmo em primeiro lugar.” – Peter F. Drucker
Arianna Huffington, fundadora do The Huffington Post, publicou recentemente um artigo sobre mindfulness e sua conexão com o mundo corporativo, que gerou uma série de comentários. Ela afirmou que mindfulness é uma questão de vida ou morte.
No ambiente empresarial de hoje, no qual a complexidade, a ambiguidade e a incerteza dominam o dia-a-dia, vemos a liderança consciente como uma parte essencial para ser mais eficaz e mais satisfeito na vida profissional e pessoal.
“Produtividade baseia-se em atenção humana focada” – Dr. Jeremy Hunter, da Drucker-Ito School of Management.
Então, por que tornar-se um Mindful Leader (Líder Consciente)?
Segundo especialistas, essas são algumas razões:
- Para ver as coisas como elas realmente são;
- Estar consciente do momento presente, sem julgamento;
Você concorda que a alta capacidade nas competências acima seria extremamente valioso para qualquer líder de negócios? Acredito na verdade para qualquer um.
- As evidências científicas dos benefícios da prática de Mindfulness deixa curioso até o mais cético, tendo em vista os resultados surpreendentes. Estudos têm demonstrado que a prática regular pode resultar na mudança dos cromossomos; aumento da neuroplasticidade; maior prazer do trabalho; aumento da felicidade, foco, clareza de espírito e serenidade; melhor tomada de decisões; habilidades de escuta reforçada; maior produtividade etc;
- Empresas como Google, Facebook, Twitter, LinkedIn, Apple, Intel, Starbucks e General Mills tornaram-se defensores do valor desta prática para o desenvolvimento do seus negócios e liderança, e alguns já desenvolveram seus próprios programas (talvez o mais notável seja o do Google “Search Inside Yourself” – programa criado por Chade-Meng Tan com o apoio do CEO Larry Page);
- O benefício da atenção plena, ou mindfulness, tem sido elogiado por líderes, como Evan Williams (co-fundador do Twitter), Arianna Huffington (Presidente do The Huffington Post), William Ford (da Ford Motor Company), Bill George (Professor de liderança e gestão da Harvard e ex-CEO da Meditronic) e o falecido Steve Jobs, da Apple;
- Um número crescente de professores em algumas das escolas mais prestigiadas do mundo, tais como Harvard, Stanford, MIT e Drucker-Ito School of Management, são defensores do treinamento da mente para líderes empresariais e executivos.
“Nossas descobertas indicam que um curto programa de treinamento em meditação mindfulness tem efeitos demonstráveis sobre o cérebro e a função imunológica.” – Professor Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin.
Alguns brincam que, se a meditação como a que estamos nos referindo, tipo Mindfulness, existisse em forma de pílula, estaria no armário de remédios de todos. O desafio é que, assim como o exercício físico, a atenção e prática de meditação é algo que temos de nos envolver de forma consistente, através da dedicação consciente da atenção e energia ao longo do tempo.
Na verdade, meditação tem tudo a ver com engajamento total, mas, curiosamente, este é o lugar onde muitas pessoas tendem a perder o interesse. Talvez o “engajamento total” soe muito cansativo, mas nada poderia estar mais longe da verdade. Um engajamento total é estar inteiramente presente para ser completo no que você faz, seja o que for que estiver fazendo.
A boa notícia é que todos nós temos essa capacidade inata e que pode ainda ser cultivada por qualquer um através da prática regular. Aparentemente, vale a pena o esforço. Com paciência e com o tempo, as coisas em geral tornam-se cada vez mais fáceis, incluindo a própria prática.
Além disso, muitos praticantes de mindfulness e outras meditações relatam que a prática tornou-os mais sensíveis, mas ao mesmo tempo menos emocionalmente reativos. Como isso pode ser possível?
Quando praticamos a meditação, nos tornamos mais hábeis em simplesmente estar presente no que está acontecendo, sem pular para a ação seguinte ou tomar nossas interpretações como verdade absoluta. Isto constrói a verdadeira força interior. Além disso, com o tempo e a prática, vemos que os nossos “problemas”, em grande parte, não são criados por eventos externos e situações (como tantas vezes parece à primeira vista), mas são originários de reações condicionadas, habituais e inconscientes. A reação é o verdadeiro problema – não o gatilho.
Isso dá a líderes conscientes mais poder para gerar ação produtiva e eficaz, juntamente com o aumento da capacidade de permanecerem centrados, conectados e capazes de responder a situações em que outras pessoas podem ser vítimas de reações automáticas improdutivas (muitas vezes, apesar de suas melhores intenções). Isso é de imenso valor para todos os envolvidos, mas, talvez o mais importante, é que cria-se maior felicidade, liberdade e poder.
“Em todas as atividades da vida, o segredo da eficiência reside na capacidade de combinar dois estados aparentemente incompatíveis: um estado de máxima atividade e um estado de máximo relaxamento.” – Aldous Huxley
Então, o que você pode fazer para se tornar um Líder Consciente agora?
- Durante todos os dias, tome um minuto e pare o que estiver fazendo, sente-se e centre a sua atenção na sua respiração. Isto significa literalmente sentir sua respiração. Para cada inspiração, sinta seu corpo despertando e a cada expiração abandonando tudo;
- Pratique estar totalmente presente se você estiver ouvindo um membro da equipe, trabalhando em um plano estratégico, pensando (isto pode parecer paradoxal, mas há uma grande diferença entre pensamentos conscientes e pensamentos compulsivos e inconscientes), ou se preparando para uma apresentação. Basta dar para o que você está fazendo a sua total atenção;
- Encontre um curso de mindfulness ou grupo de meditação em algum lugar perto de você ou proponha um programa de mindfulness corporativo;
- Contrate um coach que forneça Coaching de Liderança Consciente;
- Leia livros e artigos sobre o tema. Na internet há uma variedade.