A primeira impressão é a que fica – mesmo!
Todos sabem que a primeira impressão conta. Mas um novo estudo revela que ela importa muito mais do que as pessoas imaginavam.
As primeiras impressões afetam a maneira com que as pessoas tratam umas às outras por até seis meses depois do primeiro contato. Mesmo que esse primeiro contato tenha sido apenas por foto.
A professora Vivian Zayas, autora do estudo, disse: “As aparências faciais pintam o quadro sobre como nós sentimos sobre alguém, e até mesmo como nós pensamos sobre quem as pessoas são. Esses sinais faciais são muito poderosos na formação de interações, mesmo na presença de outras informações”.
Para o estudo, foram mostradas fotos de quatro mulheres a um grupo de pessoas . Às vezes elas foram mostradas sorrindo, outras vezes não. Até seis meses depois, eles se encontraram com essas mulheres cara-a-cara e interagiram com elas. Os resultados mostraram que as avaliações das pessoas sobre essas mulheres eram fortemente baseadas em sua reação inicial à fotografia. Descobriu-se que a reunião real só parecia confirmar a primeira impressão que as pessoas tinham formado a partir de uma fotografia.
Como é possível que as pessoas só tenham confirmado suas impressões anteriores?
Os pesquisadores acreditam que tudo se resume a uma espécie de profecia auto-realizável. A professora Zayas explica: “Elas estavam sorrindo um pouco mais, se inclinando um pouco mais para a frente. Seus sinais não verbais eram mais quentes. Quando alguém está mais quente, mais engajado, as pessoas sentem isso. E elas respondem da mesma forma”.
Isso também se deve ao Efeito Halo ou Efeito Áurea
“Vemos uma pessoa atraente como também socialmente competente, e assumimos que seus casamentos são estáveis e seus filhos estão em melhor situação. Vamos muito além desse julgamento inicial e fazemos uma série de outras atribuições positivas”, explicou a líder da pesquisa.
Um estudo posterior revelou que as pessoas pensavam que iriam rever o seu julgamento de alguém quando eles se conhecessem. Mas a realidade era que as primeiras impressões realmente contavam. A professora Zayas concluiu: “As pessoas realmente pensavam que iriam rever seus conceitos. Mas em nosso estudo, as pessoas mostram muito mais coerência em seus julgamentos e pouca evidência de revisão”. O estudo foi publicado na revista Social Psychological and Personality (Gunaydin et al., 2016).