QUANTO TEMPO É NECESSÁRIO PARA SER REALMENTE BOM EM ALGO?
Pessoas menos habilidosas tendem a acreditar que se sairiam melhor em testes, desafios. É isto que provou uma pesquisa realizada em 1999. Justin Kruger e David Dunning aplicaram provas em alunos e pediram que eles dissessem como acreditavam que tinha sido o desempenho deles. A maioria obteve notas menores do que as que previam. Por isso, o fato de considerar-se melhor em algo do que de fato é ficou conhecido como Efeito Dunning-Kruger, sobrenomes dos autores da pesquisa.
Em 2006, um estudo de Burson, foi mais longe, demonstrou que aqueles que são especialistas em algo geralmente são menos confiantes do que os leigos. Isto aconteceria porque quanto mais prática e conhecimento mais gente da mesma área conhecemos, assim, o grau de comparação fica mais alto. Um fator que determina a autoconfiança de quem sabe menos são as pessoas, também leigas, do círculo de convivência. Para os amigos e familiares, você pode ser um excelente cantor, mas ao concorrer com o país inteiro a sua classificação pode ficar bem abaixo.
Para ser realmente bom, e atingir nível de maestria mundial, é necessário praticar e estudar por toda vida. Aliás, pode não ser por toda vida, mas pelo menos por 10 mil horas, como os estudos de K. Anders Ericsson, da Universidade da Flórida sugerem. Algumas pessoas citadas como prodígios, supremas em uma área desde que nasceram, na verdade começaram as atividades nas quais foram destaque bem cedo. Mozart, por exemplo, começou a tocar aos três anos de idade e com cinco já compunha. As primeiras composições são consideradas ruins, cheias de repetições. Especialistas dizem que a primeira obra-prima do pianista foi composta quando ele tinha 21 anos já.
Assim, prática focada e por longo tempo, é o segredo para se atingir alto nível de desempenho em qualquer atividade.