Quer prolongar sua vida? Movimente-se!
Quando se trata de estender a expectativa de vida, o consenso é que tanto a genética quanto o estilo de vida têm um papel. Não é possível mudar quem são nossos pais, mas certamente é possível fazer boas escolhas de estilo de vida. Manter o peso corporal ideal através da gestão correta da ingestão calórica tem profundos benefícios. No entanto, a ideia de adicionar movimento e atividade raramente é explorada pelos chamados “Extensionistas da Vida”.
Este é um grande erro porque o exercício e a atividade física são partes integrantes da saúde e da longevidade.
A mera capacidade de correr, andar ou rastejar para escapar do perigo é, de fato, um método de extensão da vida. Em algum momento a capacidade de sair de um carro em chamas, nadar em uma inundação ou escalar uma cerca pode se tornar mais importante do que uma medicação exótica. Saltar para fora do caminho de um veículo desgovernado ou um objeto em queda é, novamente, um extensor da vida. Quando não podemos nos mover ou temos o movimento limitado, estamos muito mais próximos da morte.
Há evidências crescentes de que o exercício e o movimento não são apenas ingredientes na equação complexa da “extensão da vida“, mas talvez os mais poderosos. Ignorar os efeitos saudáveis e rejuvenescedores do exercício físico é fechar os olhos para uma das ferramentas mais eficazes no arsenal daqueles que querem envelhecer de forma saudável.
“Todos os estudos provaram um aumento variável de 2,8 a 8 anos na expectativa de vida em atletas de resistência”.
Isso é bastante significativo. Um estilo de vida que melhore não somente a qualidade de vida, mas também a duração dela.
Esse estilo de vida é o exercício.
A capacidade de se exercitar ou se movimentar também pode ser uma medida do envelhecimento. Certamente a força, a resistência e a flexibilidade podem ser reduzidas pelo envelhecimento e pela inatividade. No entanto, ocorre também a perda de massa muscular importante. Isso é chamado de “sarcopenia relacionada à idade”.
Alguém pode se perguntar se a manutenção da força e da massa muscular afetam a longevidade, bem como a saúde geral, aparência e mobilidade. A resposta é um SIM retumbante! De acordo com um estudo liderado pelo Dr. Jennifer L. Kraschnewski, professor assistente de medicina e ciências da saúde pública da Universidade Estadual Penn, na Pensilvânia: “Adultos mais velhos que treinam a força pelo menos duas vezes por semana tinham 46% menos chances de morte por qualquer razão que aqueles que não se exercitavam. Eles também tiveram 41% menos probabilidade de morte cardíaca e 19% menos chances de morrer de câncer”.
Um teste simples, projetado pelo médico brasileiro Claudio Gil Araújo, foi utilizado para determinar o envelhecimento através do movimento. Um total de 2.002 adultos com idade entre 51 e 80 anos participaram do estudo. Os pesquisadores cronometraram quanto tempo levou para que se sentassem. Em seguida, eles disseram aos participantes para tentarem se levantar com o mínimo de apoio necessário, sem preocupar com a velocidade.
Os pesquisadores então mediram a capacidade dos participantes tanto para sentar e para levantar e distribuíram 10 pontos. Os participantes que usaram o apoio da mão, joelho ou outra parte de seu corpo, tinham 1 ponto subtraído. Os participantes com pontuação abaixo de 8 tiveram taxas de mortalidade de 2 a 5 vezes maiores que aqueles com pontuações variando entre 8 e 10. Os autores observaram que o aumento de 1 ponto no “senta-levanta” estava relacionado à redução de 21% na taxa de mortalidade.