Supere as camadas de resistência e seja um líder que promove mudanças
Embora mudar seja inevitável, é da natureza humana resistir à mudança. Como um líder de uma empresa, de um setor ou de uma equipe, é preciso se antecipar e promover a mudança antes que ela aconteça por conta própria.
As ferramentas para Resolução de Problemas, Gestão e Tomada de Decisão oferecidas pela Teoria das Restrições (TOC), de Eliyahu Goldratt, procuram responder, de maneira lógica e sistemática, as três perguntas essenciais para qualquer processo de mudança:
– O que mudar? (diz respeito ao problema)
– Para o que mudar? (remete à solução)
– Como causar a mudança? (refere-se à implementação)
Essas perguntas ajudam a identificar qual é o problema, onde está o foco da resistência e auxiliar para qual direção os esforços devem ser concentrados.
Ainda que alguém diga que o problema não é dele, estamos todos no mesmo barco. Não adianta insistir em afirmar que o furo não é daquele lado. O barco vai afundar e todos correm o risco de morrer afogados ou devorados por tubarões.
Porém, nem sempre as pessoas têm essa consciência e, em vez de somar forças para evitar que o barco afunde, podem estar trabalhando no sentido contrário. Infelizmente é o que ocorre com frequência no ambiente corporativo. A resistência é parte natural do processo. No entanto, é preciso reconhecê-la e gerenciá-la bem para que não venha a sabotar seus esforços.
As três perguntas acima ajudam a chegar nas 10 camadas de resistência à mudança a seguir:
Camada 0: Não há problema: antes de tudo é preciso convencer os envolvidos que do jeito que as coisas estão não está funcionando e isso pode ser prejudicial.
Camada 1: Discordância quanto ao problema: cada um vê o problema em algum lugar e se não acharem o alvo certo não será possível remover os efeitos indesejáveis.
Camada 2: O problema está fora do meu controle: é preciso falar com quem tem o poder de resolvê-lo e caprichar na argumentação para convencê-lo.
Camada 3: Discordância sobre a direção para a solução: é importante ouvir todos e chegarem a um consenso sobre a melhor forma de “atacar” o problema.
Camada 4: Discordância quanto aos detalhes da solução: para combater as ressalvas da solução escolhida é necessário analisar se todos os benefícios estão sendo contemplados.
Camada 5: Sim, mas… a solução tem ramificações negativas: todos precisam estar convencidos de que os ganhos superam as eventuais perdas.
Camada 6: Sim, mas… nós não podemos implementar: todos concordam que a solução escolhida é a mais adequada, mas não sabe como como colocá-la em prática.
Camada 7: Discordância quanto aos detalhes da implementação: o resultado é melhor quando os envolvidos conhecem a lógica por trás de cada uma das decisões.
Camada 8: Você sabe que a solução envolve riscos: Os riscos precisam ser bem calculados e se não for possível minimizá-los, talvez seja o caso de rever o modo escolhido para implementar a mudança.
Camada 9: “Eu não acredito nisso” – barreiras psicológicas e sociais: Toda mudança obriga a sair da zona de conforto, o que nem sempre é fácil. Pressões sociais também pesam. Quanto mais cedo essas razões externas forem detectadas, maiores as chances de ajustar os desempenhos para ultrapassá-las.
Superando todas essas camadas, você conseguirá promover a mudança que seja positiva para os negócios e para os colaboradores, que também ficarão satisfeitos e seguros por terem participado desse processo que levou a um bem positivo para todos. E também te enxergaram como um bom líder, que é capaz de se antecipar as mudanças inevitáveis e agir antes que o acaso entre em ação e não dê tempo de minimizar os riscos.