Cuidado com a luz do celular!
Embora muitas pessoas estejam conscientes dos efeitos prejudiciais aos olhos causados pelos raios ultravioleta do sol, nem todos percebem o perigo de exposição crônica à luz azul emitida por dispositivos eletrônicos.
Ao mesmo tempo que algumas pessoas usam computadores ou smartphones apenas para verificar sites,e-mail ou redes sociais, para outras no entanto, seu sustento depende disso. Passar oito horas ou mais na frente de um monitor de computador cinco dias por semana é normal para um número crescente de indivíduos que trabalham.
Enquanto a luz solar consiste de aproximadamente 25% a 30% de luz azul, monitores de computador e outras telas de dispositivos eletrônicos (particularmente diodos emissores de luz, ou LEDS) emitem cerca de 35% de luz azul. Além disso, a iluminação moderna envolve o uso cada vez maior de LEDs, bem como lâmpadas fluorescentes compactas que emitem cerca de 25% de luz azul. Artigos recentes afirmam que nossa exposição à luz azul está em toda parte e só aumenta.
A luz azul induz o estresse fotoquímico que danifica as células na retina dos olhos, o que pode levar à sua destruição. A retina é uma camada de células nervosas na parte de trás do olho que contém neurônios conhecidos como fotorreceptores que detectam luz, resultando em impulsos que são transmitidos através do nervo óptico para o cérebro.
O revestimento da retina é uma camada de células que nutre o tecido nervoso e transporta moléculas para dentro e para fora da retina. Este tecido contém uma grande quantidade carotenóides tais como a luteína, zeaxantina e meso-zeaxantina. Estes pigmentos formam uma espécie de “óculos de sol biológico que absorve a luz azul”.
De todos os carotenóides que são absorvidos pelo corpo humano, somente a luteína, a zeaxantina e a meso-zeaxantina se acumulam na mácula, uma área no centro da retina responsável pela visão central. Além de sua propriedade de filtragem de luz azul, esses pigmentos possuem atividades antioxidantes e anti-inflamatórias, que ajudam a proteger contra a Degeneração Macular relacionada à Idade (DMI), uma das principais causas de perda de visão em homens e mulheres mais velhos. A densidade do pigmento macular é considerada um indicador significativo da saúde da retina.
Um estudo randomizado e controlado por placebo, relatado pelo periódico BioMed Research International encontrou um aumento na densidade óptica de pigmento macular e sensibilidade ao contraste entre aqueles que receberam luteína e zeaxantina por dois anos. Outro estudo de pacientes com DMI precoce encontrou aumento no pigmento macular após três anos de suplementação com luteína, zeaxantina e meso-zeaxantina. Estes e outros ensaios demonstraram que a suplementação com os três carotenóides pode melhorar a densidade do pigmento macular, ajudando assim a proteger a retina.
Ao passo que não podemos evitar totalmente a exposição à luz azul nos dias de hoje, a proteção pode ser bastante simples: adicionar luteína, zeaxantina e meso-zeaxantina ao regime suplementar. Embora esses nutrientes sejam encontrados em alimentos como espinafre, couve e, no caso da meso-zeaxantina, certos peixes, suplementos nutricionais estão agora disponíveis, o que facilita a obtenção de quantidades ideais desses importantes carotenóides diariamente.
Adaptado de The Life Extension Blog